Como pode tua beleza
Ser assim tão belicosa?
Desperdiçar-me com incerteza,
fosse eu coisa perigosa.
Já não vejo você bela,
Cataratas em meus olhos.
Não tem cores minha tela
Se tua vaga não navego,
Teu litoral é só abrolhos.
Diabos! Sê feia uma vez,
Pelo menos de viés!
Para que guarde, te esqueça.
Seja toda desespero
e não esta rejeição
de quem me espera filho.
Querer de mim mais nada,
coice tal da bala à arma
É muito pouco pelo
Sonho lindo que carregas
Pelo que só é possível
se te canto; enquanto negas
que me espero em ti
o novo amor que vais parir.
Como pode tua frieza
Ser assim tão desastrosa?
Flor narcisa em dor suprema,
Dispensar-me em sobremesa,
fossem doces os venenos.
Sem alegria, o que seremos?
domingo, 29 de agosto de 2010
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que habilidade! gostei muito!!!
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